sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Pessoa 2

Trata-se de Pessoa.
Não - Fernando.
De pessoa e de pessoas não-pessoas.

Fernando era Pessoa e Alvaro de Campos e outros que não lembro/desconheço.

O que é ser pessoa, ou sentir-se uma?
Alguem "humano" é muito humano, é muito o que?
É claro: não é tigre não é casa não é cachorro/carro, mas às vezes se sente sim.

Agora, procurando detalhes do Pessoa em questão me deparo que outra pessoa se pergunta literalmente " Quem é Pessoa" a respeito do mesmo André Pessoa que me enloquece de detalhes na escrita. É outra pessoa querendo saber. Será o mesmo Pessoa que procuramos?

É que além de saber do Pessoa eu fiquei maluca para saber mais detalhes das pessoas que ele nos deu. Das pessoas não-pessoas que ele trouxe à tona.
Agora explico.
Ou melhor, daqui à pouco.

Acontece que estou há dias com ele na cabeça.
Li a materia dele com uma voz que não era minha. Acho que a primeira sensação do Pessoa é a voz de quem viú de perto, a voz da alma dele que ficou lá, dentro daquela revista e no Piauí. Esquecido.

E no meio de todos os questionamentos que tenho dia após dia a respeito de tudo (sim, uma pessoa que pensa que é pessoa mas que talvez tenha deixado de pensar que é pois depois da materia do Pessoa o pensamento achado é silenciado com uma marreta) aparece a vida, por tanto a morte. E eu não me sinto mais na condição de me sentir...
O pessoa aparece em outro blog fazendo uns depoimentos, e uns comentários a respeito de mp3 e carros e i pod e escorrega por esses assuntos como dominando um para-quedas no paraiso sem vento e ainda com trilha sonora do José González. Pois é...to acreditando que ele esteve lá, de verdade.

Quem é Pessoa?
Então!
Acabo me interessando pelas pessoas não-pessoas que se acham pessoas e que não se interessam pelo que Pessoa viú.

Demorei para virar a página da revista.
Fiquei bebericando minhas agüinhas minerais, bem limpinhas na xícara do homem do pau duro feita a mão. Que fofa...

E chega uma hora, esta hora que não interessa mais quem é Pessoa e as não-pessoas que se acham pessoas e sim as pessoas não-pessoas que ele achou no Piauí.

Ler Pessoa, não somente Fernando.

Uma coisa me tranquiliza agora: pelo menos uma parte do Pessoa está bem guardada na minha casa, nas páginas centrais da Rolling Stone de novembro passado.
Alguem aceita um pedaço?

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