segunda-feira, 21 de julho de 2008

Momentos de sabedoria


continuo sem dominar as ferramentas deste blog...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Meu filósofo favorito

"Diga alguma coisa inteligente ou preparesse para correr"
Homer Simpson.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Para suprir


meu paraiso ausente...

Pontada sem nó


Plataforma sobe, plataforma desce

encaixes bem engraxados.
Sobe e desce quase delicadamente.

domingo, 20 de abril de 2008

Sapatilha de bailarina


02.00
quarto de hotel. Centro da Cidade.
12 horas depois.
O dia ainda não terminou e já esta começando.
Eva também tem medo do pouso, das turbulências, de tudo.

Aquele café

20.33
foi um chocolate quente.

e na terra...

19.00
Entre o avião e o aeroporto: a Chuva.

Bem - vinda a São Paulo

16.35 aprox
Primeira parte da turnê, que nem começou.
Vou ficar uns quatro dias por aqui, poder entrar no Theatro Municipal, comprar a medalhinha de São Bento que não consegui comprar da ultima vez, ver alguns amigos e claro, trabalhar.

Aeroporto – escala – chuva – sono – pouso.
O pavor do pouso.

Da ultima vez, quando estava voltando para Porto Alegre há duas semanas, acho que dormi por alguns segundos em dita parte. Acordei dando um gritinho meio constrangedor, com o impacto.
Desta vez, serão tantas escalas e tantas cidades em tão curto prazo, que espero me curar.
Bem na hora agá lembrei do acidente da TAM. Pode?
Ainda dura o torcicolo que ganhei na semana passada e estou me sentindo um espantalho. Vou pegar um salgado e me maquiar no banheiro.
Os espanhóis chegarão daqui a duas horas. Tenho a Folha inteira para esperar.
Aliás um cafezinho, pois ninguém merece o rebuliço de Guarulhos.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Jansen

http://www.marcusjansen.com

Bota bo...

Eu ia falar de outras coisas (ainda vou) mas preciso dizer que o doce de leite da batavo é uma bosta!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

O sábado mais brasileiro da minha vida – I 1/2

Então, depois do metro, da estação da luz... Fila para senhas.
Esgotadas para ingressar no 3ero andar. Aparentemente ali está a diversão.

Se conformar com segundo e primeiro, pois!
Nesta ordem, claro, porque resolvi seguir a dica de um velhinho para outro, ainda no elevador. Elevador que carrega um Arnaldo Antunes repetindo incessantemente seu conjuro de conjugas.
Horas entre uma parede de vídeo, áudios, linha do tempo, apertem aqui, apertem lá. Aulas instantâneas ativem-se!
Um grupo de estudantes de jornalismo veio fazer umas perguntas...

Corri para o primeiro andar onde rolava uma expo minimalista, modernamente colocada: Palavras e cartas do Gilberto Freyre. Até pinturas. Só que fui embora sem entender quem era ele. Parecia escritor, parecia poeta, parecia jornalista, parecia cozinheiro.
Tinha idéias que o Érico Veríssimo não compartilhava. Quais idéias foram estas?

Nada que um google não resolva.

O sábado mais brasileiro da minha vida - I

No museu brasileiro da língua portuguesa...


Açafrão Acelga Acém Acepipe Açúcar Alcachofras Lima Limão Romã Sorvete
Tâmara Xarope Álcool Alface Alfafa
Alfazema Almieran Almôndega Alcaide Alfaiate
Alferes Almocreve Arroz Azeite Azeitona
Café Cuscuz Laranja Almoxarife Assassino
Fulano Xerife.


Lista de palavras herdadas do árabe. Ref: Conversa em alguma das Alamedas (que tb é árabe).

sexta-feira, 28 de março de 2008

Zupi mpa!

Entrei na Livraria Cultura determinada a comprar uma Folha de hoje (mesmo sendo as sete da noite) pois adoro o guia publicado nas sextas. Só que devo admitir o meu vicio por revistas: é demais! E para pegar o jornal, dentro da revistaria do Complexo Nacional, você esta obrigado a passar por elas.

Não é todo tipo de magazine. As que me interessam sempre têm a ver com moda, música ou qualquer tipo de arte e opinião.

As capas me chamam me capturam, me seduzem por completo. Vi a capa da ultima New Yorker... Socorro! Realmente não há bolso nem lugar para armazena-las.

Primeiro passei o olho pela www.vogue.com na edição da capa polemica do King Kong. Pensei em praticar meu inglês com ela, mas o preço me fez deixa-la rapidinho na prateleira. Passei pela edição nacional mas me segurei, pois viria minha tradicional folhada na www.flaunt.com edição de luxo maravilhosa. Pela Rojo e o resto de todas as importadas aumentei a velocidade. Todas as de musica, inclusive as de foto. Estava pensando na Piauí (mas o ultimo numero ainda não terminei de ler) até me deparar com uma pequena colorida que já tinha visto há uns 20 dias atrás, mas que pensei melhor não chegar perto. Desta vez não consegui fugir.

Tenho uma particular tara por ter a informação na mão: o papel, o cheiro, as cores, os momentos solitários da leitura. Analogic girl no comando!

Acabei trazendo pra casa (do Vini e da Lenira) a Zupi www.zupi.com.br

Independente, brasileira, cheia de design artístico e experimental.
Tem tradução para o espanhol e o inglês (poderei praticá-lo aqui tb).
Fotos bacanas, links para conhecer todos os trabalhos. E algumas entrevistas (pequenas pérolas) com artistas de destaque: Guilherme Dietrich e o Pulpo. O primeiro porto-alegrense, o segundo argentino. Mazaaaaaa!
É trimestral, leve e completamente inspiradora. Em um dos meus mundos paralelos quero fazer desenho também!

Comprei a ultima (feb/mar/abril), mas tinha um monte de números anteriores que quase botei na minha bolsa, devagarzinho.

Nesta altura da empolgação, nem sinto saudade do guia da folha.

Curriculum vitae

Meu vital (que não tem moto) viaja lentamente pelo espaço brasileiro como se estivesse, liricamente, destinado à desorientação.

Pedi uma torrada de peru.
Trouxeram-me de presunto, mas percebi só no finalzinho, ou seja, dava na mesma.

Éderson me indicou um fotografo italiano que mora em Sampa e precisa de uma coordenadora. Mandei meu CV e um e-mail animado. Também indicou uma produtora que esta trazendo o Seal pro Brasil. Adoraria ter ido ao show (que está rolando neste momento) e obviamente I'm not there.

Num jantar da Bela Cintra, no meio de muita animação, conversei com a Bianca e talvez role um trabalho lá (lá) entre maio e agosto.

A turnê dos bonecos, lá na frente também. E como no passado chutei o balde uma semana antes da ciranda toda, não tenho cara de chegar neles.

Nelson, francamente poxaaaa! Nelson me apresentou a namorada que trabalha numa produtora e ela muito simpática disse que podia receber meu vitae...

Vitor querido vai tentar me botar nos trincs nos canais musicais cada vez menos musicais.
O Carlos me abraça por mais que eu brigue. Rodri se preocupa. Lipe torce.
Vinicius me encoraja. Nati deseja. Fé quer me levar para Buenos.

Tou mais perto da bicicleta do “Banheiro do Papa” que da Suzuki que Sabrina Sato promove. Engraçado. Não teria que me sentir assim, mas acontece.

Mauro e Lívia ofereceram ajuda. Carlinhos se arriscou comigo no Ibirapuera. Carmela vai me apresentar para assessorias de imprensa. "As Patrícias" já me empurraram um pouquinho.
E Érika, queridiiiissssima, muito, mas acho que não sou o perfil para o que precisa, ou sou, mas não tenho experiência. Lá longe se foram meus sonhos de ficar codo a codo com a Pascolato.

Marta nem se fala!
Até o Life que não é “da área” ofereceu ajuda.
Ana Luiza minha base, e os meninos da Tom Bloch, um momento de insight.

Todo mundo torcendo e tentando colaborar com esta hermana que em copa do mundo querem ver lá nos infernos, mas que nas “entre safras” apóiam demais, sempre para minha surpresa.

“Help, I need somebody...” gravei para o Vinicius e pode deletar o desafino/desatino, mas não a idéia... A idéia: eu preciso me ajudar.

Antes de vir pra Sampa encontrei a Noemia na rua e conversamos bastante (rápido) no meio da Getúlio Vargas, no sol de janeiro às onze da manhã. Definimos que eu deveria, para minha realização, fazer algo mais relacionado com arte.

Tem que escolher se presunto ou peru pra valer, pois realmente não dá na mesma!

Pertenecer tiene sus privilegios... (by American Express)

Hoje (ontem) acordei às 11h, na verdade muito tempo antes pela luz que entrava na sala onde durmo, mas não conseguia me mexer. Dormi sozinha, mas acompanhada na distância.
Vinicius voltou ontem para Porto Alegre, no meio da tarde. Quase não chegamos ao aero em tempo, mas como deus é brasileiro consegui relaxar dentro do táxi e observar sua carinha, detidamente.

Fui saindo da cama, em um silêncio inusual para uma quinta-feira de março, na maior cidade da América Latina.
Na noite anterior tinha conversado por horas com a Lenira (quem me acolhe nesta cidade) a respeito das sensações que ela teve e tem ainda desde que saiu do sul para morar aqui.
Falamos de sotaques, músicas, outros viajantes e principalmente sob certa ignorância que grande parte do Brasil alimenta a respeito da cultura gaúcha, ou do que é ser gaúcho.
Pois é, o que é meu irmão?

Que loucura é essa!
Hei-me aqui ousando achar definições!
Eu, que nem sei definir o que sou, de onde venho, qual meu sotaque!

Nati, só como pequena perola deixa explicar o que rolou semanas passadas:
Em plena Paulista (geralmente converso com jornaleiros) um senhor muito educado perguntou se eu era portuguesa. Quase o beijei! Saí me achando. Senti-me orgulhosa da minha nova nacionalidade, pois não obstante, outro cara da Frei Caneca perguntou a mesma coisa! Como pode!? Imagina que honra!

Vocês vão dizer que estou delirando, que ninguém ficaria feliz no meu lugar...
Sei que rola aquele lance de português = burro, mas é o mesmo tipo de comparativo que se forjou entorno da minha (verdadeira?) madre pátria. E “Gallego” ou galego é quase um insulto! E eu venho do próprio insulto... Ou seja, troquei 6 por meia dúzia.
Para alguém que se sente tão desterrado por momentos, foi um grande momento.
Uma baita alegria. Acreditem. Quase brasileira.

E para completar a sensação de comunidade virtual/real, sou incluída na lista de convocados para um churrasco com todos os refugiados sulinos na paulicéia!
Nessa altura da nostalgia e da vontade do entrosamento acho que ninguém se oporá se eu levar um do tché barbaridade!!!


Ficamos até felizes porque terá um Zaffari em Perdizes!

Uma bolsa, um dia qualquer

Organizador de cartões, preto e simples, dado por um amigo antes de partir.
Acumulo cartões de gente que não sei se um dia verei.
Minha identidade do Brasil, que ainda não decorei.
Dinheiro espalhado (se for temporada de dinheiro) arrumados conforme animal, só arrumado quando lembro do feng shui.

As moedas em separado, na niqueleira de miçanga que trouxe de Felix da Cunha, enquanto Cadica Borghuetti se apresentava num jantar de autoridades.

Chaves do primeiro amigo acolhedor, da nova cidade, que ainda não devolvi.
Chaves do segundo amigo acolhedor, da nova cidade, onde estou parando.
Chaves do amigo acolhedor, da velha cidade, onde a minha vida guardada em caixas está.

Agenda do ano com anotações esquecidas.
Cabos e fios para conexões, alguns não funcionam.

Jornal de hoje, já lido.
Perfume francês, bem no finzinho.

Uma saia de cintura alta da época em que ninguém queria essa cintura.
Uma blusa vermelha, completamente amassada.

Uns brincos sem os pares.
Uma pulseira bacana que não uso quando visto o casaquinho roxo, pois a manga não passa por ela.

Uma lata antiga de balinhas , como cigarreira.
Cigarros de palha que o Vinicius traz pra mim de uma tabacaria da Vila Madalena.
Uma escova de cabelo mínima, mas que o meu cabelo adora (lembrança de uma cliente do Rio de Janeiro).

Um dia qualquer, no passado.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Pois é

muitos dias sem escrever nada, muita coisa querendo ser dita.
Vontade de me ler, ou de me deletar do planeta.
TudoissoaomesmotempotudojuntoAGORA que significa nada.
Sem inspiração ou pessoa que quando trabalha "formalmente"se anula.
Chato isso.
Chata eu.
Preciso mudar-me.

Aliás, pensar na RBS TV me da calafrios.
Outra coisa: não consigo botar fotos nesta porcaria de blog.

ojos

A expo "Segall Realista" ficou um tempão na Fiesp e ainda por cima, de graça.
Todo dia acordava pensando que seria um pecado não ir.

Então, uma dessas tardes sai pela rua, empolgada.
No meio do caos da Paulista, me internei nas obras do Lasar.
Devo confessar que desconhecia a existência deste artista.
Fiquei impressionada com a quantidade de obras expostas. E a vida louca do cara.
Guerras/paises/mulheres/filhos/escolas e mais paises.
Passou por todas as expressões possíveis: pintou, gravou, litografou, esculturou, estourou!
A melhor coisa foi poder ver de perto os olhos de suas criaturas. E que olhares!

Um pouco chato era um grupinho de adolescentes tendo aula guiada, mas em lugar de ficar como uma velha ranzinza, tentei me aproximar fazendo cara de extrangeira para poder roubar informações das professoras.

Consegui sair inspirada.

segunda-feira, 10 de março de 2008

El verbo sin la carne

No hay una palabra en el mundo que te guarde para mi...

segunda-feira, 3 de março de 2008

Primeiro de março - (mentira) Três

Desenrolava com uma mão uma bala chinesa.
Uma bala que se tornara pedra no ar condicionado
e na leitura de uma segunda-feira improvisada.

A data do relógio era alguma data que não à da data.
E nos papos alheios “somos seres pluricelulares” ou “O bigode dele é preto?
Como está vestido? Cabeludo? Gordão?...”

Sozinhos no meio do barulho.
Sozinhos no meio dos livros.

A máquina de café poderia estar mais longe.
Assim os mendigos, do outro lado do vidro.

No meio de tudo há sinos.
Ainda tocam.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Ainda fevereiro...

Carnaval não tem fim.

Então acontece que ando sozinha pensando tanta besteira, fora do ar.

No supermercado com luz de hospital luto para ficar na fila mais curta enquanto leio
a capa do jornal “O Globo”: “ Doenças ocasionadas pela pobreza matam mais do que homicídios”.

Infelizmente, Guaribas já sabia!

André, será que alguém lê tuas matérias?

Chove novamente e fixo meu olhar nas garrafas “pet” separadas do lixo comum, aparentemente alguém leva elas embora.
Amassa-recicla-vende.

Esta cidade não cuida, não tem sistema de reciclagem.
Em casa tudo se mistura - nada se aproveita.

De pensamento em outro lembrei de uma noticia lida há pouco: a presidentA eleitA da ArgentinA, DonA CristinA, exigiu a troca de todos os documentos oficiais e materiais do governo onde constar a palavra “presidente” para ser presidentA.

Dinheiro-tempo-papel jogado fora.
Pseudo-feminismo.
Aliás, ela e o Lula poderiam lançar o programa Ecologia Zero que se funcionar como o da Fome, estaremos no lucro.

Ando mais um pouco, já está escuro. Perto do cinema andam um monte de pessoas fantasiadas parando táxis. As roupas correm o risco de ficar de fora, pois são enormes e impraticáveis. Os taxistas devem estar amando...
Mas pra onde?
Nossa! Hoje tem desfile das campeãs...

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Pessoa esquecida

Caraca!
To tão chata que me esqueci de continuar procurando pelo Pessoa.

Acabei deixando a revista na casa do Lipe, no quase-último dia de vida em Porto Alegre.
Será que ele leu a matéria?
Ainda por cima eu fiz um grande alarde do assunto, da injustiça no país, da fome que temos...E acho que a maior furada é meu português.
Cruzes! diria Ana Luiza...
Cruzes mesmo.

Fiquei horas sem descansar, sem escrever.

E hoje que o sol esta raiando as mãos estão lentas para dizer tudo o que quero.
Achei o link da matéria aquela que me deixou maluca só que não estou conseguindo colar aqui!  www.rollingstone.com.br (nov/2007)

Também acabei de achar outras matérias a respeito da cidade de Guaribas e um titular esquecido: "Depois do circo o abandono", de Paloma Oliveto do Correio Brasiliense (outra pessoa - pessoa).  A cidade esquecida, os mortos de fome, e a grande quantidade de informações vazias vão empurrando as coisas pra fora da cabeça. 

podridão-pobridão

É só colocar no google e tudo aparece. Mas mesmo assim esqueço rápidamente de tudo. E me queixo do meu dedo cortado com a faca da maça, das dores nas costas e da chuva em excesso.

Não quero mais procurar o Pessoa, mas também não quero esquecé-lo.  
Quero é começar a encontra-lo nas pessoas.  
Achar ele e outros Pessoa que me lembrem como é inconveniente a não-existência , a não-leitura, e o eu-não-tenho-nada-a-ver.

E no mesmo esquema simples do google, devido a meu "dedo mocho" acertar as teclas está difícil. Digo "Guabiras"  em lugar de "Guaribas" e aparece um mundo de quadrinhos (www.guabiras.blogspot.com) de um cara de Fortaleza, que aparentemente sonhou coisas esquisitas nesta madrugada passada. De alguma maneira me tranquiliza ou não me deixa sentir tão sozinha. Zeus! Meu sonho também era esquisito:
 André Pessoa vinha me buscar, mas ele era uma aranha! 

Acho que é o cargo de consciência  de ter abandonado os asuntos durante o carnaval...





quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Maracangalha...

eu vou...


Rio de Janeiro:
Baile de carnaval.
Marchinhas que me empolgam.
Ana Luiza na pista.
Fantasias surpressa, purpurina trazida da Espanha.
Volta de taxi pelo aterro vazio.
Banho - escova - creme - desmaio.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Pessoa 3

Pessoa.
Pessoa.
Pessoa.

Parece que descobri o rosto dele...
Viaja muito.
Vive de "frilas".
Faz umas fotos interessantes. Fiquei sem jeito.
Nasceu em São Raimundo Nonato.

No-pessoa. Pessoa.

Quase uma irónica metáfora.
Quase uma pessoa não-nascida, nascida no depois do depois...
Como os cidadãos de lá, da materia. 
Não-pessoas lutando para serem.

Ele teve o olho-discernimento-caneta-vontade.


A materia que me deixou assim conta alguns detalhes escabrosos dos políticos bandidos e o lançamento do programa "Fome Zero".
Parece que uma outra materia dele, há um tempo atrás, provocou a cassação de um prefeito de Guaribas, cidade do interior do Piauí.
Aparentemente, o grande atual presidente do Brasil, que escolheu aquela cidade para se promover e estratégicamente falar pro mundo dos estómagos que alimentaria, nem foi para o evento. Grande evento de lançamento.

A história relatada pelo André que é Pessoa, está cheia de ricos detalhes, inclusive de uma "hollywoodiana" chegada de políticos em helicoptero.
As não-pessoas que moram lá, acho que nunca viram nenhúm dos milagres que os deuses de gravata prometeram. Nem conseguiram sentir o cheiro do ralo, pois quase não existem ralos...

Mas, olha que engraçado: http://www.mds.gov.br/ascom/revistas/mds/guaribas.htm
Esse link me trouxe aroma de bife milanesa...
O título que encontra-se na página que abre é fofo, muito fofo.

Fico pensando quanta distração em novembro tivemos, pois não ouvi nem um pi de ninguém a respeito desta materia que li na RS. Por um instante me achei pessoa e pensei que ela não existisse.
Lembra do filme "O laberinto do fauno"? Quando ela abre o livro, página em branco e é só tocar que aparece o conteúdo? No filme era sangue. Nesta ocasião...parecido.

Vou continuar revirando tudo. 
Revirando-me por dentro.
Preciso saber.
Preciso ler a tal materia anterior do Pessoa que agitou a cidade onde moram pessoas que são patrocinadas com algumas esmolas para continuarem sendo não-pessoas.

Estou num ciber.
Me incomodam as pessoas "semi-áridas" na minha volta falando no skipe.
O ventilador poderoso demais.
Sem contar que os centavos são segundos, ou viceversa.
Já não lembro.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Pessoa 2

Trata-se de Pessoa.
Não - Fernando.
De pessoa e de pessoas não-pessoas.

Fernando era Pessoa e Alvaro de Campos e outros que não lembro/desconheço.

O que é ser pessoa, ou sentir-se uma?
Alguem "humano" é muito humano, é muito o que?
É claro: não é tigre não é casa não é cachorro/carro, mas às vezes se sente sim.

Agora, procurando detalhes do Pessoa em questão me deparo que outra pessoa se pergunta literalmente " Quem é Pessoa" a respeito do mesmo André Pessoa que me enloquece de detalhes na escrita. É outra pessoa querendo saber. Será o mesmo Pessoa que procuramos?

É que além de saber do Pessoa eu fiquei maluca para saber mais detalhes das pessoas que ele nos deu. Das pessoas não-pessoas que ele trouxe à tona.
Agora explico.
Ou melhor, daqui à pouco.

Acontece que estou há dias com ele na cabeça.
Li a materia dele com uma voz que não era minha. Acho que a primeira sensação do Pessoa é a voz de quem viú de perto, a voz da alma dele que ficou lá, dentro daquela revista e no Piauí. Esquecido.

E no meio de todos os questionamentos que tenho dia após dia a respeito de tudo (sim, uma pessoa que pensa que é pessoa mas que talvez tenha deixado de pensar que é pois depois da materia do Pessoa o pensamento achado é silenciado com uma marreta) aparece a vida, por tanto a morte. E eu não me sinto mais na condição de me sentir...
O pessoa aparece em outro blog fazendo uns depoimentos, e uns comentários a respeito de mp3 e carros e i pod e escorrega por esses assuntos como dominando um para-quedas no paraiso sem vento e ainda com trilha sonora do José González. Pois é...to acreditando que ele esteve lá, de verdade.

Quem é Pessoa?
Então!
Acabo me interessando pelas pessoas não-pessoas que se acham pessoas e que não se interessam pelo que Pessoa viú.

Demorei para virar a página da revista.
Fiquei bebericando minhas agüinhas minerais, bem limpinhas na xícara do homem do pau duro feita a mão. Que fofa...

E chega uma hora, esta hora que não interessa mais quem é Pessoa e as não-pessoas que se acham pessoas e sim as pessoas não-pessoas que ele achou no Piauí.

Ler Pessoa, não somente Fernando.

Uma coisa me tranquiliza agora: pelo menos uma parte do Pessoa está bem guardada na minha casa, nas páginas centrais da Rolling Stone de novembro passado.
Alguem aceita um pedaço?

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Pessoa

a pessoa na frente do computador para que?

Tonterias

memorables

Barulho

no interesa al gato

el hambre en las laterales

la pared del estómago envenenado

paso delicado

perro en edad de morir y en edad de vivir

pequeños movimientos que alteran la caminada de la tarde. Reza.

Cambia de piel.
Traga.

En una tarde de enero nuevo

palabras que me asaltaron la cabeza y la mano y la lengua en la mesa, en catarata:

CEDO
SAUDÁVEL
TURBILHÃO
SEXO
SONIFERO
TELEPÁTICO
VÔO
DESEJO
PERNAS
REST
AMBITION
DANGEROUS
CHOICE
ANY COUNTRY
CONQUEST
CALDITOS
SNORKEL
FUCK THEM ALL
DEVICES
BRING YOU
ROTATION

Caderneta do novo ano

A caneta tem o meu nome
oportunidade na ponta da língua
o mais lindo cachorro é morto
calor infernal enfía o dedo-lingüeta
cansaço tristeza
sono da paisagem
nuvem não espera

Bolha

Dentro da minha bolha: leio entrevista com José Dirceu em Santo Domingo e sonho na manhã de domingo com Aécio Neves. Também beijo a minha ex colega de trabalho demoradamente, escondidas no banheiro.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Humanidad

Un poco de por favor!!!!!



http://es.youtube.com/watch?v=yF-Oy5Rpy34

tonta enamorada

Somptueuse diz:
um beijo de rua
Somptueuse diz:
de vento
Somptueuse diz:
do peito
Somptueuse diz:
do ritmo
Somptueuse diz:
da minha
Somptueuse diz:
respiração

Piedra papel o tijera

era 09 de janeiro, de tarde...e eu aprendi a jogar par ou impar.
Fiz o quatro, ela o três.
Ela começou.
O da velha não teve perdedores...
Chato.