quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Ainda fevereiro...

Carnaval não tem fim.

Então acontece que ando sozinha pensando tanta besteira, fora do ar.

No supermercado com luz de hospital luto para ficar na fila mais curta enquanto leio
a capa do jornal “O Globo”: “ Doenças ocasionadas pela pobreza matam mais do que homicídios”.

Infelizmente, Guaribas já sabia!

André, será que alguém lê tuas matérias?

Chove novamente e fixo meu olhar nas garrafas “pet” separadas do lixo comum, aparentemente alguém leva elas embora.
Amassa-recicla-vende.

Esta cidade não cuida, não tem sistema de reciclagem.
Em casa tudo se mistura - nada se aproveita.

De pensamento em outro lembrei de uma noticia lida há pouco: a presidentA eleitA da ArgentinA, DonA CristinA, exigiu a troca de todos os documentos oficiais e materiais do governo onde constar a palavra “presidente” para ser presidentA.

Dinheiro-tempo-papel jogado fora.
Pseudo-feminismo.
Aliás, ela e o Lula poderiam lançar o programa Ecologia Zero que se funcionar como o da Fome, estaremos no lucro.

Ando mais um pouco, já está escuro. Perto do cinema andam um monte de pessoas fantasiadas parando táxis. As roupas correm o risco de ficar de fora, pois são enormes e impraticáveis. Os taxistas devem estar amando...
Mas pra onde?
Nossa! Hoje tem desfile das campeãs...

2 comentários:

natalia. disse...

Paolita,

adoro tuas impressões conectadas-desconectadas dessa vida louca nas grandes cidades. Adoro a tua maneira de escrever, é como se eu lesse teus pensamentos.

Te imagino no supermercado com luzes de hospital, um desses supermercados sujismundos do Rio de Janeiro, pensando em como essa gente é imbecil de não reciclar nada, de não cuidar das coisas. Essas pessoas que sequer se dão ao trabalho de devolver às prateleiras os alimentos que não querem mais levar para casa, que não se importam nem um pouco que as coisas

natalia. disse...

(continuação)
que as coisas estraguem, justo nessa cidade onde se vê pobreza por todos os lados sempre que se olha para cima.

Continua sempre escrevendo. Tu me inspiras horrores. Obrigada.